O Laboratório de Avaliação e Inovação em Políticas Publicas (LAIPP) publicou um artigo intitulado “QUAIS OS IMPACTOS DA ADOÇÃO DA URNA ELETRÔNICA NO BRASIL?”.
O artigo comenta como até a década de 1990, o Brasil realizava suas eleições utilizando o voto em papel. Entretanto, preencher um papel de votação, que seria um ato trivial para pessoas com algum nível de escolaridade, era um desafio na época, especialmente quando 23% dos adultos eram incapazes de ler e escrever. O problema se agravava uma vez que se requeria dos cidadãos escrever o nome do candidato para validar o voto e as instruções vinham por escrito.
A urna eletrônica, por outro lado, contém mensagens de erro quando se computa o voto como nulo ou branco, mostra a foto do candidato escolhido e tem uma orientação passo a passo de como votar. Além disso, ao invés de um nome, o eleitor precisa apenas digitar os números do candidato escolhido. Ou seja, a urna eletrônica reduziu as dificuldades de se votar e levou a uma redução dos votos brancos e nulos.
Portanto, dentre os vários efeitos da adoção da urna eletrônica, podemos compreender que uma maior participação política das classes econômicas mais baixas nas eleições passou a ser possível, de forma que esses cidadãos, por meio do exercício do seu direito ao voto, conseguem alcançar uma maior redistribuição dos recursos públicos a seu favor. Para ler esse e outros artigos na íntegra, clique aqui.