Texto elaborado pela estudante de Jornalismo Emanuelle Leones, aluna do curso de Jornalismo do IDP.
Antes de qualquer coisa, bem vindo(a) ao primeiro texto da nossa coluna! Espero, de verdade, que você goste do nosso cantinho confortável de tentar entender um pouco melhor a política e principalmente, a política desse nosso país que é no mínimo… intrigante. A intenção aqui é fazer um espaço onde todos possam entender do assunto do jeito mais leve e descontraído possível, já é complicado demais ser brasileiro.
Agora sim, falando em ser brasileiro, o assunto que eu queria trazer pro nosso primeiro post não era esse, mas qual outra espécie tem o privilégio de acordar de repente, com o queridíssimo Braga Neto celebrando um regime militar, seguido de manifestações pedindo um regime militar novamente, se não o brasileiro, não é mesmo?
Diante disso, vamos falar aqui sobre um negócio muito importante pra todos nós, seres humanos que habitam o planeta Terra, isso mesmo, Direitos Humanos. Você sabe o que são os Direitos Humanos? De onde surgiram? Para que servem? Descubra agora mesmo, na Politize-se.
Direitos Humanos são literalmente os direitos que todos os seres humanos têm, simplesmente por serem humanos. Homens, mulheres, crianças, idosos, etc. Todos tem exatamente os mesmos direitos.
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Mas Mannu, até os escritores de colunas?
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Sim meu caro amigo(a), até esses. Mas vamos voltar no tempo um pouco, vou te contar desde o início.
Como é de se imaginar, no início, os direitos humanos não existiam, era basicamente, cada um por si, tentando sobreviver da melhor forma possível e criando suas próprias leis e morais, seguindo aquilo que lhes parecia mais conveniente. Também, como é de se imaginar, as coisas não funcionavam muito bem assim, vendo tudo isso, um homem, chamado Ciro, O Grande (infelizmente não sei dizer se ele era de fato um homem grande ou de 1,50 de altura e o nome era uma ironia) decidiu que as coisas estavam ruins dessa forma e resolveu mudar a situação.
Ciro então, conquistou a Babilônia e anunciou que todos os escravos seriam livres, que todas as pessoas poderiam escolher suas religiões, independente do grupo que pertenciam. (O que do meu ponto de vista, mesmo atualmente seria uma atitude revolucionária, já que todos nós sabemos que não é bem assim que os governos funcionam na prática). Suas palavras foram registradas em um cilindro, que foi chamado Cilindro de Ciro, daí nasceram os Direitos Humanos. O povo que não é besta nem nada, espalhou a fofoca, o assunto chegou na Grécia, Índia e em Roma.
As pessoas perceberam que todos seguiam naturalmente algumas leis, que não haviam sido declaradas ou escritas em lugar algum e resolveram dar nome pra isso, Lei Natural. Mas, infelizmente não para a nossa surpresa, aqueles que estavam no poder ignoravam totalmente essas leis. Até um dia na Inglaterra, que finalmente fizeram o rei ver que os direitos do povo deveriam ser intocáveis, até mesmo pela maior autoridade, o próprio rei.
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Ah Mannu, que lindo, agora que esses direitos foram reconhecidos, nenhuma pessoa no poder passou por cima disso?
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Claro que passou. Antes do rei anunciar que havia reconhecido os direitos do povo, um grupo de rebeldes britânicos declarou independência, e foi daí que nasceu a América, melhor dizendo, o que nós que estudamos geografia chamamos de Estados Unidos da América.
Do outro lado os franceses também começaram a sua própria revolução, para os seus próprios direitos, eles defenderam uma ideia parecida com o que eu já te contei aqui, os direitos não foram inventados por ninguém, era algo natural de nós, seres humanos, ou seja, o conceito dos romanos de Lei Natural se tornou, Direitos Naturais.
Como é praticamente impossível agradar a todos, na França, um cara que todos conhecemos, chamado Napoleão, decidiu que a democracia francesa não era legal, e foi acabar com essa democracia, ambicioso que era ele se declarou imperador.
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Imperador da França Mannu?
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Não pequeno gafanhoto, do mundo inteiro. Um visionário eu diria, um mindset de invejar os coachs de todo o mundo.
Mas não deu certo o plano do nosso pequeno Napoleão, já que os países da Europa decidiram se juntar e colocar o sujeito narcisista no paredão. Então, com Napoleão fora da casa, a nova líder Europa voltou a discutir os direitos do povo (prometo que acabaram as referências de reality show), mas não pro mundo todo, somente pela Europa, afinal eu nunca disse que só Napoleão era narcisista.
No lugar de ver as pessoas do mundo inteiro como iguais que mereciam os mesmos direitos, a Europa escolheu olhar pro resto do mundo como um território para ser descoberto e conquistado. Já sabemos que uma boa história sempre tem revolução, na Índia surgiu um advogado que decidiu se opor, Mahatma Gandhi. Ele declarava que absolutamente todas as pessoas da Terra tinham direitos, até que a própria Europa concordou.
Mas vou te dar um spoiler diretamente da filosofia, já dizia Nietzche: “A esperança é o pior dos males, pois prolonga o tormento do homem”. Duas Guerras Mundias. Hitler exterminou milhares de pessoas da face da Terra, 9 milhões de pessoas morreram em campos de concentração, os Direitos Humanos se tornaram somente uma história de contos de fadas, esquecida na estante.
Nesse conto de fadas em específico, quem ajuda a salvar a galera é uma mulher (segura essa informação mais um pouco), diante de todo esse caos e desespero, os países do nosso planeta azul, se uniram e formaram as Nações Unidas. Todos esses países pareciam ter um conceito do que seriam os Direitos Humanos, desde o princípio no Cilindro de Ciro até os Direitos Naturais. A mulher em questão, que ajudou a salvar a galera, é Eleanor Roosevelt, ela foi a responsável por supervisionar e juntamente com todas as nações formar o documento oficial: A Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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Cantinho do Pensamento
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Agora meus caros amigos, a reflexão que eu deixo aqui na nossa coluna (sim, é nossa, minha e sua, olha que bacaninha) é a seguinte: a humanidade passou anos e anos, entre revoluções mortes e guerras, pra conseguir finalmente um documento que garante direitos e dignidade para todos, um documento que serve não só para declarar nossos direitos, como para cobrar que eles sejam atendidos e responsabilizar os responsáveis caso não sejam.
Por que ainda existe a possibilidade de um debate pra discutir se uma ditadura é boa ou não? Por que, a humanidade ainda discute se um golpe que matou pessoas inocentes, perseguiu e censurou artistas, jornalistas e músicos e fizeram essas pessoas terem medo de viver no próprio país, foi uma “revolução” ou não? Sinceramente, é difícil imaginar que depois de tantas lutas e guerras, ainda exista uma parte extremamente barulhenta de brasileiros que defendem um regime que fere em inúmeros pontos os Direitos Humanos.
Agora, eu, jovem brasileira que sou, me solidarizo com você que é brasileiro também e deixo aqui um vídeo gostosinho e relaxante, com as nossas músicas absurdamente boas, pra você lembrar que ser brasileiro não é só surto e desespero:
Um beijo e um cheiro,
Mannu Leones.
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