Texto produzido por Amanda Galvão, aluna de Publicidade e Propaganda do IDP
Sabe aquele livro que te prende do início ao fim? Assim é o “roube como um artista”. O livro de Austin Kleon que traz insights sobre como desenvolver a criatividade de forma orgânica. Nesse artigo vou trazer um resumo e opiniões sobre a obra.
Do ponto de vista do autor, nenhuma criação é totalmente original, uma vez que ela depende de um repertório advindos de outras criações. No entanto, é possível ser uma pessoa criativa, Austin trouxe 10 técnicas, de forma clara e acessível em seu livro, para aprimorar a criatividade.
Roube como um artista
Somos um somatório de influências e filtrar o que iremos roubar e guardar é o que nos faz artista. Ou seja, devemos escolher o que irá nos guiar de acordo com nossos gostos e sonhos. Somos formados por uma coleção de informações, para Austin, o ser humano é um arquivo de furtos que quanto mais cheio da própria essência, mais motivação e ideias na hora de criar.
Não esperar até saber quem você é para começar
De fato, alcançar o autoconhecimento é muito importante. Mas para chegar a isso, é preciso fazer, criar e testar, nos descobrimos no nosso processo de criação. A pesquisa é um grande fator nesse processo, não iremos copiar um indivíduo ou uma coisa, mas observar várias indivíduos e coisas para nos inspirar.
Escreva o livro que você quer ler
Escrever sobre o que curtimos é uma maneira muito eficiente de desenvolver a nossa criatividade, uma vez que a curiosidade é despertada por tal assunto. Quando lemos algo que gostamos, sempre ansiamos por saber mais sobre o assunto, direcionar esse desejo para produzir é um gatilho para o criativo.
Use suas mãos
Para o autor, a utilização das ferramentas digitais, como computadores, celulares e outros para produzir algo pode atrapalhar o nosso processo criativo. Ele recomenda uma área de trabalho com papéis, lápis e caneta, por exemplo, o que é considerada tecnologia analógica.
Projetos paralelos e Hobbies são importantes
Embora precisemos ler, pesquisar e agir para desenvolvermos a nossa criatividade, devemos separar o tempo de “fazer nada” para que o cérebro processe todas as informações adquiridas. Além disso, ter hobbies, mesmo se não houver semelhança entre eles, é essencial. “Não deixe os seus desejos desassistidos”, futuramente, quando olharmos para trás, fará sentido.
Faça um bom trabalho e compartilhe-o com as pessoas
Enquanto ainda não somos reconhecidos, temos a possibilidade de agir como amador, pois ainda não há uma pressão de compromissos, ou seja, podemos explorar o nosso potencial por meio dos experimentos. Para alcançar o reconhecimento, primeiro, “preste atenção em algo” e segundo, “convide os outros a prestarem atenção com você”, ao identificarmos e compartilharmos nossas ideias e nossas paixões, de forma estratégica, geramos conexão com as pessoas. A partir disso, conseguimos compartilhar bons trabalhos, evoluir neles e, só depois, sermos vistos pelo o que fazemos.
A geografia não manda mais em nós
Viajar, conhecer culturas, criar experiências ampliam nossa percepção de vida. Porém, não precisamos abandonar nossas conexões ao ficar sozinho e ao se mudar, nossos vínculos permanecerão na internet. No entanto, se não estivermos confortáveis com isso ainda, podemos desfrutar do confinamento criando um mundo próprio, ler um livro, decorar o quarto, sonhar e criar.
Seja legal, o mundo é uma cidade pequena.
Para Austin, precisamos de 4 coisas: curiosidade, para caminharmos em direção ao conhecimento; gentileza, para se aproximar das pessoas; perseverança, para ver o que está errado e buscar o correto; e disposição para parecer um estúpido; boas oportunidades e experiências podem surgir a partir desses contextos. Com pequenas citações, o autor explica esse pensamento, “faça amigos, ignore os inimigos”, “fique perto do talento”, “pare de procurar briga e vá fazer alguma coisa”, “escreva cartas de fã”, “validação é para seu cartão de estacionamento”, “mantenha um arquivo de aplausos”.
Seja chato, é a única maneira de terminar um trabalho.
Há 5 pontos importantes para a boa fluência da criatividade:
- Cuidar de si: respeitar os próprios limites, saber dizer “não” e dar atenção aos nossos prazeres e cuidados diários. Reservar um tempo para ficar perto de pessoas que ama, se exercitar, se divertir e descansar.
- Ficar longe das dívidas: “viva dentro de suas possibilidades”, criar o hábito de gastar de forma consciente e não acompanhar a cultura do consumo.
- Manter o emprego fixo: mesmo que ainda não estejamos no trabalho em que amamos, é preciso ter uma fonte fixa de renda, “ficar livre do estresse financeiro também significa liberdade para a sua arte”. Além disso, o emprego pode nos trazer grandes experiências e nos estabelecer uma rotina.
- Arranjar um calendário: planejar o trabalho é uma boa estratégia de organização. A ideia de fazer um pouco todo dia de forma consistente pode render uma boa produção ao final de um ano. Marcar os feitos do dia, não furar os planos e ver o quanto já fomos capazes de cumprir o que planejamos é gratificante e motivacional.
- Manter um diário de bordo: anotar, de forma simplificada, as experiências do dia também pode ser benéfico para aguçar a criatividade, uma vez que resgata nossa memória.
- Casar bem: escolher com quem passar a vida pode ser determinante para o nosso sucesso. Embora todo ser humano possua defeitos, o ideal seria alguém que tenha orgulho de ser multitarefa, e que nos ajude a viver de forma equilibrada, isso torna o ambiente inspirador. (vale pra gente também).
Criatividade é subtração
A ideia de filtrar o que consumimos faz todo sentido. Para seguir uma linha de raciocínio é preciso limitar o que é essencial, “nada é mais paralisante do que a ideia de possibilidades ilimitadas”. A particularidade torna o projeto e a vida das pessoas mais interessantes, o que escolhemos não colocar em nossa vida e em nossa criação. Ademais, sabemos que somos seres limitados, dito isso, usar o tempo, as ferramentas e o dinheiro que temos é a forma mais inteligente de fazer algo, isso naturalmente nos leva a usar a criatividade.
Agora que você já sabe as 10 regrinhas de ouro para aprimorar a sua criatividade, vai segui-las ou continuar deixando a vida levar?
A criatividade nos ajuda não só em nossas ideias para um bom trabalho, mas também para viver uma vida inspiradora e de qualidade, nada além do que merecemos.
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