A alfabetização de dados possui um papel tão importante no século XXI quanto a alfabetização tradicional possuía nos séculos anteriores. No mercado atual, empregadores preferem cada vez mais aqueles habilidosos em ciência de dados a pessoas com educação superior. Dados são vistos como a espinha dorsal de uma empresa, componente fundamental para seu bom funcionamento - e é essencial para as corporações contarem com uma equipe que saiba tratar e utilizar esses dados corretamente.
A alfabetização de dados é a capacidade de compreender, trabalhar com, analisar, tratar e se comunicar utilizando dados. É uma habilidade que, com o treino correto, pode ser comum a trabalhadores de todos os níveis da empresa. Esse processo envolve o questionamento sobre os dados e as máquinas, a criação de conhecimento acerca dos mesmos, a tomada de decisões com base nos dados, e a comunicação dessas decisões e significados para as outras partes interessadas. Veja bem, não é só entender os dados.
Para ser efetivamente educado e treinado na área, você também deve cultivar o hábito de questionar dados e sistemas que não funcionam como deveriam. Esse processo de análise e crítica é vital à ciência de dados, e é o que permite que o elemento humano de crítica seja indispensável. É importante atentar-se para o fato de que essa tendência não rege apenas as profissões de dados e análise, mas todas as demais. As organizações, de modo geral, estão à procura de profissionais que sejam alfabetizados em análise de dados, e estão investindo cada vez mais em programas que proporcionam essa alfabetização aos funcionários que não possuem a habilidade.
Existem inúmeros componentes que formam o processo de alfabetização em dados. Claro que as ferramentas e tecnologia são partes vitais, mas deve-se aprender também como pensar sobre os dados, sabendo determinar quando são valiosos e quando são descartáveis. Quando interage-se com um dataset, deve-se saber manipulá-lo, extrair reflexões, e compartilhar seus resultados com um público que não é especializado. Ou seja, envolve pensamento crítico e boas habilidades em storytelling. Esse aspecto vital da cultura de dados favorece o cultivo de excelentes capacidades analíticas e comunicativas, que afetam outras esferas da vida profissional e pessoal do indivíduo, como aponta Jordan Morrow em seu livro Be Data Literate: The Data Literacy Skills Everyone Needs to Succeed
Destarte, buscamos livrar-nos da concepção errônea de que a alfabetização de dados deve ser aplicada somente aos cientistas de dados que dedicam seu tempo a ela. Muito pelo contrário: essas habilidades devem ser desenvolvidas por todos, e cada vez mais empresas estão implementando iniciativas específicas para superar as deficiências no conhecimento de dados de seus funcionários. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Gartner, a partir do ano de 2020, mais de 80% das organizações terão implementado essas iniciativas. Por que? É simples: companhias que contam com funcionários alfabetizados em dados acompanham tendências e novas tecnologias, conseguem se manter relevantes e alavancar essas habilidades como uma vantagem competitiva, além de possuir diversos benefícios financeiros. Como explícito no artigo Dos Dados às Decisões: no cenário atual, é crucial para as organizações se adaptarem a era Data-Driven
A jornada para a alfabetização em ciência de dados começa com a curiosidade na busca por informações. Buscamos disseminar cada vez mais conhecimento de forma acessível no nosso blog: https://blog4x.4tune.ai/, onde escrevo e publico artigos sobre o tema diariamente. Para se manter atualizado sobre as tendências em data science de forma descomplicada e descontraída, siga-nos também no Instagram: @4tune4x